Vivemos em uma sociedade marcada por transformações constantes, sobretudo influenciadas pela evolução e uso das tecnologias, em especial as relacionadas às informações e comunicações. À escola cabe o papel de acompanhar as transformações que ocorrem na sociedade, vivemos num mundo globalizado, a maioria dos alunos estão imersos nos ambientes virtuais. Estes, porém utilizam as tecnologias apenas como meio de comunicação e diversão, cabendo a escola encontrar e propor alternativas que busquem canalizar essas possibilidades para a construção do aprendizado.
No contexto da escola em que atuo, há um laboratório de informática, com máquinas e acesso à internet disponível para professores e alunos. Até o ano anterior o mesmo era utilizado em grande escala para o desenvolvimento do Programa de Formação Inicial para o Trabalho (FIT). O programa consistia na oferta de cursos iniciais e básicos de informática que visava preparar os alunos para o ingresso no mercado de trabalho. Tal visão precisa ser superada uma vez que o uso das tecnologias deve estar voltado para além da lógica de emprego e ingresso no mercado, mas como forma de favorecimento da formação e interação do educando com a sua realidade como um todo, tudo isso baseada nos princípios da ética e do cuidado, como sugere Leonardo Boff (2005,p 9).
Além da utilização para o FIT, que inclusive encerrou para este ano 2012, o laboratório fica disponibilizado e é utilizado pelos professores das diversas disciplinas embora com freqüência menor diante de algumas dificuldades apresentadas, por exemplo, com relação ao número de máquinas que é reduzido. Diante disso ao planejar o uso do laboratório em determinada aula o professor precisa dividir a turma e ter o apoio de outro profissional de forma que enquanto metade dos alunos faz aula nos computadores, a outra metade desenvolve atividade em sala de aula planejada pelo professor e coordenada pelo profissional de suporte. Essa realidade dificulta uma maior utilização de recursos pelos professores, mas não resta dúvidas de que as possibilidades proporcionadas por tais tecnologias incentivam e despertam interesse em todos os alunos.
Como já tratada anteriormente percebe-se que a forma trabalhada até o momento, demonstra apenas uma reprodução do conhecimento técnico, quase sempre limitado e sem despertar, reflexão e formação critica, mas ampla a cerca do uso e dos interesses que estão por trás das tecnologias.
Portanto é necessário e urgente que nós educadores repensemos a forma de trabalhar e explorar as potencialidades destes recursos para a construção significativa do processo ensino aprendizado e da formação de cidadãos críticos.
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